terça-feira, maio 24, 2011

Mudámos de casa!

É verdade! Depois de tantos anos com este endereço, vimo-nos obrigados a criar um novo blog! As mensagens não apareciam, apareciam em datas diferentes das publicadas, estava a tornar-se muito confuso e quando tentávamos arrumar a casa, saía-nos pior a emenda que o soneto!
É um pouco tristes que deixamos o blog LobosNoFôjo, mas não o vamos eliminar! Ficará disponível, embora passemos a actualizar-vos no seguinte endereço: 
Adicionem aos vossos marcadores e divulguem! 
Vemo-nos na nova casa (que ainda anda na fase da decoração, mas que em breve terá tudo no sítio!)!

terça-feira, maio 17, 2011

Marionetas do Porto regressam ao Festival Altitudes

"Uma coisa às vezes não é aquilo que ela é. Às vezes as coisas gostam de ser outras coisas, por exemplo de serem como as pessoas. Gostam de se mexer, de rir, de gostar e de não gostar. As pessoas/coisas e as coisas/pessoas servem para contar histórias. No mundo Frágil, há histórias pequenas e grandes. As coisas querem ser levadas para lugares que não conhecem, e fazem pequenas e grandes viagens. No mundo Frágil, há pessoas/coisas que procuram coisas/pessoas. Há segredos que não se desvendam, ou que ficam para desvendar, há um universo aberto e fechado. Há coisas que saem de dentro de outras coisas. No mundo Frágil as regras não são o que são, são regras de imaginação!"
É com alguma regularidade que acolhemos o Teatro de Marionetas do Porto,  mas este ano fazemo-lo em memória e homenagem de João Paulo Seara Cardoso,  com o espectáculo FRÁGIL, a sua última encenação.  
Esta é a nossa a forma de deixarmos o nosso muito bem-haja pelo homem e artista que foi e pelo legado que deixou. 

Teatro do Montemuro apresenta hoje "Remendos" no FOLIA (Lousada)

Inês:"Remendos" transporta-nos até à mente desta jovem, desta mulher. Uma viagem pela sua vida, pelo seu (e quem sabe nosso) passado.  Divertida, dolorosa, realidade ou ilusão?
Vejam e sintam.

© Lionel Balteiro
12 de Maio | 21h30 | Auditório Municipal de Lousada
preço bilhetes: 3€

Da Serra da Estrela à Serra do Montemuro: Teatro das Beiras apresenta Ay, Carmela! no Festival Altitudes

"Perdidos numa noite de nevoeiro e fome, dois anónimos “artistas de variedades”, caem em território “inimigo”. Aí, em troca da “liberdade”, são obrigados a apresentar o seu espectáculo às tropas vencedoras e aos prisioneiros vencidos. Que fazer à representação para “sobreviver” em tão díspar plateia? Como resistir ou ceder sem abalar a dignidade?
José Sanchis Sinisterra na indagação pelos territórios obscuros da teatralidade, dos seus limites e fronteiras, organiza um “material cénico” desafiador da sensibilidade e inteligência dos espectadores."

A relação entre a companhia do Montemuro e a companhia da Covilhã vem já de há muitos anos. O Altitudes era ainda um festival de "boas vontades", já estas companhias apresentavam os seus espectáculos num e noutro local através de intercâmbios. Para além da relação profissional e de amizade que se foi criando ao longo dos anos, ambas as companhias fazem parte da Plataforma das Companhias Descentralizadas, que mais uma vez promove essa partilha de trabalhos e experiências. Assim, o Festival torna-se no melhor momento para este acolhimento acontecer.
O Teatro das Beiras apresenta o espectáculo Ay, Carmela! no dia 17 de Agosto, nesta 14ª edição do Festival Altitudes.

segunda-feira, maio 16, 2011

Herança de Jeremias entra na 2ª semana de ensaios


Entramos nesta 2ª semana de trabalho com a linha do espectáculo definida e já com ideias claras de onde se quer chegar. As 14 pessoas envolvidas no projecto vão fazendo crescer a família e a casa do velho Jeremias. Um funeral, uma corrida, uma guerra com as partilhas e muita música e trafulhice à mistura!
Assim que houver mais novidades, partilharemos!

terça-feira, maio 10, 2011

HERANÇA DE JEREMIAS
Há que ter fé e um bom burro! 
ante-estreia: 9 de Junho| Campo Benfeito
ESTREIA: 11 de Junho | Batalha

 

Texto: criação colectiva do Teatro do Montemuro
Encenação: Graeme Pulleyn
Direcção musical: Walter Janssens
Interpretação: Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte, Isabel Fernandes Pinto e Rebeca Cunha
Cenografia, adereços e figurinos: Maria João Castelo
Construção de cenários: Carlos Cal
Assistência à construção de cenários: Maria da Conceição Almeida
Costureiras: Capuchinas CRL
Desenho de luz: Paulo Duarte
Operação técnica: Carlos Cal
Direcção de produção: Paula Teixeira
Assistente de produção: Susana Duarte
Assessoria de imprensa: Paula Teixeira e Susana Duarte 
Cartaz: Helen Ainsworth
Estagiárias: Tânia Silva e Carla Tomás (ESCOPAL)

Já arrancaram os ensaios da Herança de Jeremias

Ontem foi o primeiro dia de ensaios do nosso novo espectáculo de rua: a "Herança de Jeremias", mas apenas hoje toda a equipa se sentou  e conversou sobre o projecto. Ontem aproveitou-se o dia para fazer alguns jogos e testar algumas "brincadeiras", uma vez que ainda não estava a equipa completa no Montemuro.
Assim, esta manhã, debaixo de um sol quentinho, reuniu-se toda a gente envolvida no projecto e assim entramos oficialmente nestas  5 semanas de trabalho até à estreia!
 

Querem saber quem vem ao Festival? Ora então...

Pois bem: ainda faltam três meses para o 14º Festival Altitudes, mas já temos os nomes que por cá passarão entre 13 e 21 de Agosto. 
Para já, levantamos um pouco do véu! Sim, porque não podemos dar tudo de uma vez! 
CAMANÉ será o último a pisar o palco do Festival, na noite de 21 de Agosto.

E para já é o que contamos. Mais nomes? ...amanhã, depois, para a semana... quem sabe? 
Espreitem!

Entretanto divulguem o concurso do cartaz do Festival, que está a decorrer até dia 31 de Maio. Contamos com a vossa ajuda, inspiração e/ou criatividade! 

(info do concurso)  

 

quarta-feira, maio 04, 2011


© Lionel Balteiro
A equipa do Montemuro faz-se à estrada esta sexta-feira para dia 7, apresentarem duas sessões de "Perdido no Monte" no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz

“Perdido no Monte”, estreou a 13 de Fevereiro de 2010 e desde então passou já pelo Museu das Marionetas em Lisboa, Mértola, Braga, Évora, Guimarães e Castelo Branco. Para já, com a criação do novo espectáculo de rua e com a digressão do mesmo e de Remendos, “Perdido no Monte” acaba por não ter para já muito espaço para apresentação. De qualquer forma, não tarda, voltaremos à estrada com este espectáculo. 

quinta-feira, abril 28, 2011

Belonging : um pequeno balanço

© Robert Day
Hello Pertencia
Mais uma fase concluída, desta desafiante produção e desta vez por terras de sua majestade. Regressamos com a ideia reforçada que investir neste género de experiências, torna-mos mais ricos e simultaneamente menos receosos quando alguém pensa que o teatro tem dificuldade de comunicar através do texto, sem ter de recorrer às novas tecnologias (legendas), o que para nós lhe tira beleza estética. A solução passa sempre por sermos criativos e estruturar as ideias a pensar nesse pressuposto.
Passamos cinco semanas em Inglaterra a apresentar espectáculos, de norte a sul do país, passando inclusive pela ilha de Jersey. Este ritmo por vezes um pouco cansativo permitiu-nos perceber no terreno os hábitos teatrais das pessoas, que nos pareceram mais definidos. O facto dos horários dos espectáculos serem mais cedo, proporciona uma troca de impressões mais tranquila com o público no final. Sobre as condições físicas e técnicas dos teatros onde apresentamos, a ideia com que ficamos é que esses espaços dispõem na sua maioria um bom equipamento técnico, o que não quer dizer que se tire total partido dele, por vezes o dispositivo das salas não permite rentabilizar esse mesmo equipamento, por serem salas antigas e menos versáteis.
Cada apresentação é por natureza um momento único, o que torna o teatro uma arte tão universal, que ultrapassa qualquer barreira politica ou cultural. A sensação vivida no palco antes e depois do espectáculo faz-nos esquecer onde estamos e para quem estamos, apenas olhamos à nossa volta e vemos tudo o que já nos é muito familiar. As reacções que sentimos durante o espectáculo, vindas do outro lado do palco não sendo sempre nas situações a que já nos tínhamos habituado, sustentam na mesma forma o nosso personagem e dão força às nossas palavras ditas em português. A emoção de cada momento que atravessa o espectáculo permite-lhe soltar as palavras sem que seja necessário entende-las no seu todo. A sonoridade dessas palavras provoca um diálogo fluido e simples (há coisas que não precisam de ser ditas para se sentirem).
Todo este universo que envolve o espectáculo transformou-o em algo tão simples e tão normal em qualquer parte do mundo.
O respeito e o entusiasmo que o público inglês manifestou durante e depois do espectáculo é uma boa resposta a que nada está preso a nada, que o facto de sermos de uma pequena aldeia (perdida), numa serra portuguesa em nada enfraquece o nosso trabalho, somos profissionais e ser humanos, no fundo é só isso que o teatro precisa.
Podemos também constatar, que a afluência do público não andou muito longe da que estávamos habituados, o que nos surpreendeu é que esse público na sua larga maioria era de idade avançada. A nossa expectativa era um pouco mais optimista, esperáramos um público mais heterogéneo, dadas as tradições que o país tem.
Destacamos dois aspectos que nos marcaram de certa maneira.
O primeiro tem a ver com as relações humanas que continuam muito sólidas. São estes afectos tão importantes em palco e fora dele. Não é fácil duas companhias de dois países de línguas diferentes, trabalharem intensamente salvaguardando sempre o bem-estar do grupo e com isso aumentando a qualidade artística do projecto.
O outro aspecto foi a apresentação em Jersey, onde esteve presente um número significativo da comunidade portuguesa, de repente até parecia que tínhamos voltado a casa. Foi muito interessante falar com eles no final e perceber que as sensações vividas por eles durante o espectáculo, foram tão idênticas a todos os outros públicos desde Hereford a Jersey, o que nos deixa contentes, porque o teatro não pode estar ao serviço de códigos ou tradições.

Abel Duarte, Calos Cal, Eduardo Correia e Paulo Duarte


“Belonging” regressará a Portugal para três apresentações no Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) nos dias 17, 18 e 19 de Junho deste ano. 

terça-feira, abril 19, 2011

“Há que ter fé e um bom Burro”

 No próximo dia 9 de Maio, começamos a montagem e ensaios do nosso novo espectáculo de rua, a Herança de Jeremias.  Iremos estrear no segundo fim-de semana de Junho e ficaremos em cena com esta produção até Agosto.
As equipas estão já a trabalhar quer na produção, cenografia, encenação e direcção musical, para  que dia 9, a equipa se reúna e passem para o palco as ideias até agora lançadas. 
 

A Herança de Jeremias

A Cabana do Jeremias, um estranho e carismático edifício, claramente construída aos poucos por uma mão nem sempre “expert” no que diz respeito à construção civil, mas com muito amor e muita paixão.

É o lar de um campeão, parte estábulo, parte local de devoção, parte museu, testemunho das muitas conquistas de Jeremias Sénior (o Jockey) e Jeremias VI (o burro). No exterior da cabana, muitos sinais destas conquistas: medalhas, retratos, fitas vencedoras, taças e muito mais, para além de fardos de feno e outros objectos próprios para o bem-estar de um burro.

Mas a morte trágica de Jeremias (o Jockey), devido à inédita queda de Jeremias (o burro) naquela que era suposta ser a sua última vitória na Grande Corrida de Burros antes da gloriosa e bem merecida reforma de Jeremias e Jeremias, muda tudo.

Entram José (o cornudo) e Joaquim (o bêbado), os dois herdeiros de Jeremias com as suas respectivas famílias: Josefina (a fresca), Jorgina (a negociante) e Jeremias Júnior (o estudioso).

Temos partilhas!

E é aqui que começam os verdadeiros problemas:

Como dividir uma cabana?
Como dividir um curral?
E acima de tudo...
Como dividir um burro?

Uma família, duas facções, uma guerra.



Estranha, bizarra e divertidíssima, do princípio ao fim, esta comédia visual, musical e muito teatral, faz da dor e do conflito, primeiro uma farsa e mais tarde uma celebração da união e do amor fraternal, no sentido mais abrangente desta palavra.

A Herança de Jeremias deixa-nos cheios de esperança.

Mesmo quando os problemas parecem não ter solução e as guerras parecem não ter fim, o regresso às vitórias está ao virar da esquina.

Como dizia o velho Jeremias: “Há que ter fé e um bom Burro”