quarta-feira, março 10, 2010

15 anos do Teatro do Montemuro



Caros amigos, colegas, ou apenas curiosos:
Já lá vão 15 anos desde que um grupo de jovens, hoje menos jovens, se aventurou na magia do teatro. Contadores de histórias, sim, é isso que hoje ao fim de 15 anos de actividade intensa nos intitula!
Certamente que uns apenas há pouco tempo nos conhecem, outros estiveram presentes desde os nossos primeiros passos, mas independentemente de há quanto tempo nos acompanham, queremos "ouvir" as diferentes opiniões, críticas, pontos de vista.
Portanto partilhem connosco a vossa opinião: o que sentiram, o que pensam, o que as histórias que vos contámos vos fizeram (ou fazem) "viver".
Ficamos a aguardar!
Até breve!

7 comentários:

Joana Caetano disse...

A primeira vez que fui parar ao Montemuro, mais propriamente ao festival, foi por acaso, vinha de um festival qualquer,talvez Paredes de Coura e foi amor à primeira vista! O festival, as pessoas o lugar e a Companhia de teatro! A partir daí verão só é verão, se passar no festival Altitudes. Todas as pessoas que fazem parte do teatro do Montemuro são o exemplo de como todos os sonhos são possíveis e são sem dúvida um exemplo de vida a seguir!

Ivo Bastos disse...

Quando vi o vosso 1º espectáculo em Paranhos senti-me uma ovelha rodeada por meia dúzia de lobos. Mas acabei por conhecer a alcateia e hoje já me sinto um verdadeiro cão do monte! A vós!

não disse...

O teatro de Montemuro transmite-nos um amor tão grande ao teatro, que nos sentimos contagiados... sigo-vos há vários anos e vale sempre muito a pena...
Continuem e venham mais vezes a Coimbra, que terão sempre "casas cheias"
AH: no 2º paraágrafo emendem uma gralha: o "à" é com h

Teatro do Montemuro disse...

Muito obrigada pelos vossos "testemunhos" e obrigada Maria Manuela pela correcção! :)

Joana, agradecia que nos dissesses o teu último nome, tal como a Maria, porque os vossos comentários vão sair nas próximas edições do Outeiro :)

Joana Caetano disse...

Sou Joana Caetano. ;)

não disse...

maria manuela nogueira.

odeusdamaquina disse...

Conheci o TRSM na Comuna, em Lisboa. Um ciclo com várias peças: "Lobo-Wolf", "Pizza" e julgo que o "El Gringo". Só vi as duas primeiras. A primeira impressão que tive foi: uau! Que espanto! Não sabia que o teatro podia focar estas atmosferas rurais, íntimas e sensíveis! Eu que tenho parentes do Caramulo e que todos os anos viajava para lá, revi-me naquelas paisagens, naquela casa, naquele cenário do "Lobo". Eu que já amava o Caramulo, passei a amá-lo e respeitá-lo ainda mais, agora juntando o Montemuro. Para um jovem aprendiz de feiticeiro como eu, que sempre ouvira dizer que o teatro é coisa da Pólis, ou seja, da cidade, fiquei deslumbrado! Pensei: olha, um dia ainda formo um grupo no interior! Ou então junto-me a este belo grupo! Enfim, sonhos de um amador de teatro. Delirei com o cenário, o texto do Abel Neves (que passou a paixão depois com outros textos que li e vi), os actores. Aquele Inglês com sotaque beirão, mas com um Português de impressionar. E o outro, o de olhões azuis, fazia-me lembrar alguns rapazes da aldeia do Caramulo onde os meus avós têm lá casa (a aldeia é Covas, a 1000 metros de altitude). Gostei muito do seu olhar concentrado e penetrante, único, que ainda hoje se mantém. A história tem de ser resumida, senão divaga pelas Eiras do Monte e outros caminhos inclinados. Desde esse dia, fiquei apaixonado pelo TRSM. Dias depois, vi "Pizza", num registo mais divertido, mas sempre com a acutilância das temáticas rurais versus outros mundos urbanos e sem qualidade de vida, mas onde há emprego e dinheiro. Hoje talvez já não seja assim! Emprego falta em todo o lado. Mas quanto a qualidade de vida, de ar puro, de comida e água pura (vinho bom), é certamente em Campo Benfeito que ainda podemos encontrar.
Quando cheguei a casa, fui aos mapas e descobri onde ficava a vossa sede, onde é que trabalhavam! Anos mais tarde, sempre a acompanhar-vos, quando vinham a Lisboa, ao Seixal, ao Pinhal Novo, a Palmela (FIAR) e outros sítios, tive a oportunidade em Coimbra 2003, de vos ver e pedir para estagiar convosco, como produtor. E então, vivi aí 5 meses maravilhosos, a aprender, a evoluir, a aguentar o frio e a neve, a viajar convosco, a errar, a falhar melhor. Hoje, apesar das minhas andanças pelo país e estar menos frequentemente convosco, tento sempre ir ao Altitudes um dia que seja. Rever os amigos, os espectáculos, a Cesarina, o bar ao fim da noite, num ambiente único, onde me sinto mais perto de mim, mais verdadeiro, sem máscaras e figurinos para disfarçar a minha pobre figura! Um bem-Haja a todos os que fizeram e fazem o TRSM um exemplo de vida, de sonho, de qualidade teatral. Saudades vossas! Amo-vos muito!
Mário Rui Filipe